Quem é a mulher apelidada de “A múmia que grita”?
A História da Múmia que Grita
A controvérsia sobre os segredos da civilização faraônica é ininterrupta e nunca termina. Alguns já foram descobertos, mas muitos ainda não. Os enigmas mais marcantes estão relacionados às múmias, especialmente as de reis e príncipes, como Tutancâmon, que morreu em circunstâncias misteriosas. A empresa americana Amazon produziu um documentário mencionando que 22 arqueólogos que participaram da descoberta de sua tumba morreram em condições misteriosas dentro de sete anos. Aqui destacamos múmias atualmente expostas no Museu Egípcio que se tornaram famosas recentemente em nossos passeios de luxo pelo Egito: as múmias que gritam, especificamente a de um jovem e a de uma mulher que morreram gritando, em circunstâncias muito estranhas.
As múmias que gritam foram descobertas em 1881, em um local escondido em Deir el-Bahari, em Luxor, por Gaston Maspero. Você ouvirá sua história em nossos passeios guiados de um dia em Luxor. Sabe-se que os sacerdotes, na era dos faraós, costumavam esconder as múmias de reis e estadistas em lugares de difícil acesso para que os ladrões não conseguissem encontrá-las. Por causa de tantas histórias sobre essas múmias, os arqueólogos decidiram trabalhar para resolver o mistério de sua morte.
Quem é a múmia que grita?
O tormento e a dor são visíveis em suas feições. O processo de embalsamamento foi muito estranho: a cabeça inclinada para a direita, a boca aberta, sinais de dor e tortura, além das pernas entrelaçadas. Normalmente, durante o embalsamamento, a boca era fechada e o corpo mantido reto. Após investigações, encontraram um rolo de linho contendo informações sobre essa mulher misteriosa chamada Mert Amon, filha do rei Seqenenré, que lutou contra os hicsos. A múmia remonta à 17ª dinastia, em 3500 a.C. Após radiografias, soube-se que ela tinha cerca de sessenta anos. Sofria de aterosclerose, o que levou à formação de coágulos e danos no coração. Ela gritou alto e morreu. Como sua morte não foi descoberta durante várias horas, ocorreu rigidez muscular e articular, e os embalsamadores não conseguiram endireitar o corpo.
A múmia do jovem que grita
O mistério não está apenas na forma do corpo desse jovem, mas também no fato de que ele não foi envolto em linho como as outras múmias, mas em pele impura de cabra, um sinal de condenação ao inferno, pois as cabras eram inimigas do deus Sol. Isso indicava que ele havia cometido um grande pecado em vida. Além disso, o sacerdote não removeu seus intestinos antes do embalsamamento. O caixão em que foi colocado era muito simples, sem decoração. Esses sinais indicam desprezo pelo corpo desse jovem.
Seu corpo foi enterrado próximo à tumba de Ramsés III, o que foi uma pista importante para resolver o mistério. A análise do corpo do rei Ramsés III revelou que ele havia sido morto com uma adaga afiada. Mas como foi morto? A resposta está no Papiro da Conspiração das Mulheres. Ramsés III era casado com duas mulheres. Em seu testamento, escreveu que seu filho Ramsés IV, da primeira esposa, governaria após sua morte. A segunda esposa, a rainha Tiy, ficou furiosa porque queria que seu filho Pentawer fosse rei. Ela conspirou com mulheres do palácio, alguns soldados e magos. Eles atacaram o palácio real e mataram o rei. O papiro menciona que o rei morreu no naufrágio da barca real, já que não era permitido registrar oficialmente que o rei havia sido assassinado.
A análise de DNA da múmia do jovem revelou que ele era o príncipe Pentawer, filho de Ramsés III com sua segunda esposa. Também foram encontradas marcas de corda em seu pescoço, talvez porque descobriram que ele havia matado o próprio pai. Assim, ele foi condenado à morte e morreu gritando durante a execução. Por isso, desprezaram seu corpo e o envolveram em pele de cabra. Após a ascensão ao trono de Ramsés IV, filho da primeira esposa, todos os envolvidos no assassinato de seu pai foram executados ou presos.
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